segunda-feira, 18 de julho de 2011

Metodologia de trabalho F3

Na F3 temos como norteador do ensino do esporte os seguintes princípios apresentados por Freire (2002,2003):
-Ensinar esporte a TODOS - independente de sua qualidade técnica, sua capacidade cognitiva, de seus objetivos ao praticar aquele esporte, nos esforçaremos para ensinar ao discente que nos acompanha da melhor forma possível, possibiltando a esse aluno prazer de praticar aquele esporte, no nosso caso futebol e futsal.
-Ensinar BEM esporte a TODOS - ensinar preocupado com a individualidade de cada aluno inserido no contexto,  buscando proporcionar o melhor ensino possível a cada aluno.
- Ensinar MAIS quer esporte a TODOS - pensar na condição humana de cada aluno, nunca esquecer do nosso papel educacional, juntando ao esporte princípios como ética, respeito, moral, laços afetivos, entender seu papel na organização social, entre outros aspectos.
-Ensinar a GOSTAR do esporte- instigar a criança a gostar de esporte, não apenas ao esporte no qual ela pratica na escola e nos clubes, fazê-las assistir, entender, compreender os benefícios da atividade física, enfim, a GOSTAR DE ESPORTE.
   Para ensinar tais princípios acreditamos na proposta metodológica utilizada por Freire, Garganta, Santana, utilizando por exemplo as palavras de Garganta (1995) no ensino do jogo coletivos através dos jogos condicionados, orientados para a compreensão do jogo ( o motivo do fazer, porque fazer determinada ação), integrando esses jogos à sua especificidade técnica ( como fazer) transferindo a prática dos jogos condidionados, por assimilação dos princípos comuns do jogos, utilizando-se principalmente de formas jogadas, jogos motivadores e desafiadores.
   Com isso, nos preocupamos em estar sempre em constante mutação, buscando sempre novas formas de ensinar esportes, fugindo do modo tradicional onde filas e repetição "robotizada" acontecem aos montes, ocorrendo em muitos momentos, aliás em quase todos, gestos técnicos que foge demais das realidades encontradas no jogo, onde o como fazer o passe é mais importante do que efetuar o passe com a parte interna do pé, com o pé de apoio ao lado da bola, pois em situação de jogo nem sempre é possível. Buscar jogos onde propiciem aos alunos entrar no que Scaglia (2003) chama de ESTADO DE JOGO, que consiste em aluno/atleta motivado, preocupado em resolver os problemas que se apresentam no jogo, com sua realidade focada no jogo em si, esquecendo durante o jogo do "mundo real"
   Ainda tomando de emprétimo as palavras de Scaglia (1999), acreditamos na iniciação esportiva  em blocos:
7-8 anos - fundamentos básicos do esporte que se pratica, atenção na oferta do maior número possível de situações para aumentar o acervo motor da criança, o jogo nessa fase é nas palavras de Garganta (1995)- ANARQUICO;
9-10 anos - ainda foco nos fundamentos básicos da modalidade, concretização dos fundamentos básicos aprendidos anteriormente, aperfeiçoamento e desenvolvimento dos fundamentos específicos da modalidade- nessa fase o jogo é para Garganta (1995) DESCENTRALIZADO, a criança passa a se preocupar além do seu jogo, com o jogo do seu colega.
11-12 - jogo passa a buscar os fundamentos secundários, derivados dos primários (maneiras de passar, de marcar, de chutar, etc), aprimorar e desenvolver tais fundamentos - para Garganta ( 1995) jogo ESTRUTURADO.
13-14 anos - Fundamentos táticos, posição/função do jogo sendo focado, parte tática e estratégica sendo evidenciada, para Garganta (1995) - jogo passa a ser ELABORADO, com melhor ocupação de espaços, movimentações combinadas, maior sentido de equipe.
   Respeitar essas fases de desenvolvimento das crianças e com isso atingir os PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS CITADOS no começo desse artigo são nossos maiores desafios, desafios que acreditamos estar vencendo, mas sem nos acomodar com isso e sim nos mantermos inquietos, buscando evolução a cada dia.

"Toda criança tem direito ao esporte, mas toda criança tem direito a não ser um campeão"
(carta dos direitos da criança no esporte)
                                                                                       Gileno Siqueira

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